quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Fosgasse!

Não pus logo os fones para ouvir a conversa entre uma rapariga de 14 e um rapaz de 17, que discutiam que "aqueles chibos deviam apanhar porrada cá fora!".
A melhor técnica, segundo a jovem, era esperar por eles fora da escola para não serem expulsos: "Ias ver se se voltavam a chibar!".
Trocaram informações úteis sobre os autocarros, demonstrando conhecimento impar sobre o assunto. E qual era a volta do 59 e do 107 e do 234... enfim, demasiada informação para a minha cabeça que de momento só quer conhecer o 228.
Falaram sobre as curtes, sobre as idades, sobre as badalhocas da escola...
No meio da conversa ele contou-lhe que ganha 300 e tal euros e que depois de dar 100 ao pai, vai gastar o resto em roupa no Colombo. Ela contou-lhe que depois de acabar com o Bruno não quer mais nada com gajos, "pelo menos até aparecer algum de jeito." Estava a fazer-se de dificil, na minha opinião, porque eu bem senti o clima, a tensão no ar entre aqueles dois, mas tudo bem! Com 14 anos é natural que a rapariga esteja calejada!

Aí alguém que me pare! Começo a desconfiar que ando a ficar viciada em ouvir as conversas de autocarro entre muidos que falam, naturalmente, alto demais!
De qualquer maneira depois do que pude ouvir, depois do pequeno(pequenissimo mesmo) estudo quero, mas quero mesmo, concluir que eu naquela idade era muito diferente. Parvinha, tudo bem, mas diferente.

Pepita

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Parabéns!!!!!

Parabéns Chiqui!!
Número um no amore mio só pode ser bom pronúncio!
Hoje vamos onde tu quiseres hã!! Até ao 2 ou 3 se fizeres muita questão.

Mas antes da festa, vai à janela, abre os braços e berra: Olá mundo! Hoje faço 21 anos e estou feliz!
Gosto de te ver feliz miuda!
Muitos beijos das chicas!

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Everybody's Free To Wear Sunscreen

Usa protector solar.
Se te pudesse dar apenas uma dica para o futuro, essa dica seria: protector solar. Os benefícios a longo prazo do protector solar foram provados por cientistas, já o resto dos meus conselhos não têm maior base de confiança que a minha própria experiência. Vou dar esses conselhos agora.

Aprecia o poder e a beleza da tua juventude. Oh, esquece. Não vais perceber o poder e a beleza da tua juventude até que ela se desvaneça. Mas confia em mim, daqui a 20 anos vais olhar para fotos tuas e vais relembrar de uma maneira que agora não consegues compreender, as imensas oportunidades que se dispunham á tua frente e o quão fabuloso realmente parecias. Tu não estás tão gordo como pensas!

Não te preocupes com o futuro. Ou melhor, preocupa-te, mas lembra-te que a preocupação é tão eficaz como tentar resolver um exercício de álgebra a mastigar pastilha elástica. Os verdadeiros problemas da tua vida são, provavelmente, coisas que nunca passaram pela tua cabeça, problemas que te vão acordar ás 4 da manhã de uma terça-feira monótona.

Faz todos os dias uma coisa que te assuste.
Canta.
Não sejas inconsequente com o coração das outras pessoas. Não atures pessoas que são inconsequentes com o teu.
Usa fio dental.

Não percas o teu tempo com invejas. ÁS vezes estás á frente, outras vezes estás atrás. A corrida é longa e no final, é só contigo que corres.
Lembra-te dos elogios que recebeste. Esquece os insultos. Se conseguires fazer isto, explica-me como.

Guarda as antigas cartas de amor. Deita fora os antigos recibos bancários.
Espreguiça-te.
Não te sintas culpado se ainda não sabes o que queres fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheci não sabiam o que queriam fazer da vida aos 22. As pessoas de 40 anos mais interessantes que eu conheço ainda não sabem o que querem fazer.

Bebe muito cálcio. Sê bom para os teus joelhos. Vais sentir falta deles quando se forem embora.

Talvez cases, ou talvez não. Talvez tenhas filhos ou talvez não. Se calhar vais-te divorciar aos 40 ou se calhar vais fazer a dança doida da galinha no teu 75º aniversário. O que quer que faças, não te felicites demasiado nem te deites abaixo demasiado. As tuas escolhas são meia possibilidade. E assim são as de todos os outros.

Desfruta o teu corpo. Usa-o de todas as maneiras que possas. Não tenhas medo dele ou daquilo que as outras pessoas possam pensar dele. É o maior instrumento que alguma vez terás.
Dança, mesmo que não tenhas nenhum outro sitio que a tua sala de estar. Estuda os passos, mesmo que depois não os sigas.

Não leias revistas de beleza. Elas só te vão fazer sentir feio.

Tira algum tempo para conheceres os teus pais. Nunca se sabe quando é que eles se vão embora de vez. Sê agradável para os teus irmão. São a tua melhor ligação com passado e são as pessoas que mais provavelmente ficarão contigo no futuro.

Compreende que os amigos vão e vêm, mas que uns quantos preciosos vale a pena guardar. Trabalha para construíres uma ponte sobre a diferença entre a geografia e estilo de vida, porque quanto mais velho ficares, mais vais precisar das pessoas que conhecias quando eras jovem.
Viva em New York uma vez, mas parte antes que te faça demasiado duro. Viva em Califórnia do Norte uma vez, mas parte antes que te faça demasiado brando. Viaja!
Aceita algumas verdades absolutas: os preços vão subir. Políticos vão cair. Também tu vais ficar velho. E quando ficares velho, vais fantasiar que quando eras novo os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e que as crianças respeitavam os seus pais.
Respeita os teus pais.
Não esperes que alguém te sustente. Talvez tenhas um fundo de poupança. Talvez tenhas um companheiro rico. Mas nunca sabes quando qualquer um deles pode acabar.
Não mexas demasiado no teu cabelo ou quando tiveres 40 anos vais parecer ter 85.
Tem cuidado a quem pedes conselhos, mas sê paciente com aqueles que tos dão. Dar conselhos é uma forma de nostalgia. Dá-los é uma maneira de ir buscar o passado acabado, limpá-lo, pintar de novo as partes feias e recicla-lo dando-lhe maior valor.
Mas acredita em mim em relação ao protector solar.

Mary Schmich

Originalmente, este texto foi publicado pelo The Chicago Tribune a 1 de Junho de 1997 e depois foi adaptado para úma música do Baz Luhrmann. Já a conhecia a alguns anos, mas era muito raro ouvi-la. Hoje ouvi-a na VH1 e lembrei-me que sempre gostei muito dela. É falada e não cantada e tem um videoclip muito giro. Gosto tanto que tive um trabalhão a traduzi-la (em inglês ficava melhor mas como o texto é grande achei que ninguém o ia ler) e mesmo assim não sei se ficou muito bem. Peço desculpa por alguma gaffe mas acho que dá para perceber como são fofos todos os conselhos.

Pepita

domingo, 14 de novembro de 2004

Os que pedem desculpas

Pronto, este é, oficialmente, o meu "novo" carro...



Jeez...

Consuelo

sexta-feira, 12 de novembro de 2004

Este ano ainda não o ando a ver bem

Hoje, ou foi ontem?, cheirou-me durante pouquinho tempo, a Natal. Mas ainda só me cheirou, não o vi nem nada. Foi assim aquele cheiro a noite, frio, chaminés, mãos geladas, terra meia molhada, olhos semi-cerrados, cachecóis fofos e pinheiros. Defeni bem? Ainda me devem faltar uns elementos, mas hoje, ou ontem, encontrei-os no ar de certeza...

Pepita

Até parece que estou de férias!

Comecei a ler o Código da Vinci. Pensava que não ia ler o raio do livro tão cedo. Faz-me alguma espécie andar toda a gente a lê-lo ao mesmo tempo, tenho de confessar.
Nestas férias reparamos que, quem não ia para a praia com o Código da Vinci debaixo do braço, não estava, verdadeiramente, de férias. Para toda a toalha que olhavamos lá estava ele a apanhar banhos de sol caramba! É que isto depois influência a minha opinião sobre as coisas. Se antes de o livro se tornar famoso eu não questionava o seu interesse, depois de ser badalado fiquei a achar que devia ser banalzito. Não aprecio por ai além estas modas do pseudo-intelectual. Ás vezes tenho estas taras, gosto de dar uma de alternativa... patético.
Mas o livro andava cá por casa e eu andava encalhada num outro que não conseguia acabar. Então peguei nele a medo, com desconfiança... Primeiro até entrei na fase da negação: "Eu?? Não, eu não estou bem a ler. Estou só a ver como é e tal..." Pronto, agora já admito que o ando a ler e que estou curiosa para saber o que andou a fazer nas mãos de toda a gente.

É que, fogo, ainda sou pior que todos os pseudo-intelectuais que aí andam...

Pepita

Nunca mais são 3 da tarde

Já cá volto, porque isto realmente anda parado, mas agora vou encher a banheira, pôr sais de banho cor de rosa, aumentar a música e atirar-me lá para dentro. Vou secar, como no filme do Big Fish. Já volto...

Pepita

domingo, 7 de novembro de 2004

Nice

Cause what goes around, comes around
What goes up, must come down
It's called Karma baby
And it goes around

Lembro-me sempre daquela animação da MTV, onde um cupido em cima do globo dispara a seta do amor que dá uma volta ao mundo e acerta-lhe no rabo.

Pepita

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Txaram!!!

I told you so, I told you so...
Ivan, xuxu, estás devendo uma bejeca a mim e à Guida. Infelizmente...

Pepita

terça-feira, 2 de novembro de 2004

Estou a ganhar coragem para escrever o meu primeiro post "político"...

Hoje, 160 milhões de norte-americanos vão eleger o Presidente dos Estados Unidos da América, ah essa grande potência.
Hoje todos nós gostavamos de poder votar, uns quantos para poderem evitar a grande injustiça que se vai cometer. Se bem conhecemos os EUA não há grandes dúvidas de que estas eleições são mais um grande espectáculo mediático, onde os cidadãos desta (ah) grande potência elegem, mais uma vez, o candidato republicano que não sabe falar, mas que mesmo assim é capaz de meter o mundo em guerras infundadas, em crises económicas gravissimas.... Mas mesmo assim, lá vai ele outra vez bem lançado...
A eleição de George Bush só contraria a lógica do bom-senso e reafirma que os Estado Unidos vivem com os nervosinhos á flor da pele, bem submersos na cultura do medo:
Se Kerry, segundo as sondagens e os comentaristas, venceu os debates televisivos, Bush deverá ganhar nas urnas. (smile com cara de espanto e de olhos esbugalhados!!) Pois tá claro!! Para esta gente é assim: quem é mais inteligente é mais fraco, quem é mais burro é mais bruto!Então toca de votar no Bush!

Se calhar estou a ser precipitada, mas se estiver enganada aqui darei o braço a torcer. Mas tudo indica que ainda vou rir na cara dos esperançados esta noite. É que apesar de descontente, gosto de ter razão.

Pepita